A Chuva...

"As coisas vulgares que há na vida...
Não deixam saudade...
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir..."
A chuva no meu terraço...
Inclemente... transparente...
Desequilibra as minhas raízes,
Provoca... A sede imortal,
Mudança...
Evolução e a novidade...
Dos meus sapatos molhados...
Se entrega a minha saudade!
Mas... é só chuva?!
Uma estrada molhada... escorregadia,
Um sapato estragado...
Uma rua vazia...
Molhei-me...
Atravessei a rua e estraguei o sapato...
Prefiro pensar que talvez o sapato era feio...
E que molhar-me levou de mim alguma nódoa...
"A chuva ouviu e calou...
meu segredo à cidade...
E eis que ela bate no vidro,
Trazendo a saudade!"
Sinto falta do tempo,
De tudo o que ele significa...
Da chuva... do sol... e da lua,
E da escuridão que entra...
Nos abraça e nos fixa,
Num ápice nos critica...
E outro nos atormenta!
A minha janela está afortunada...
Tem o cheiro da vida...
Terra molhada,
E nada partida...
Bate com força
Som assustador,
Do lado de dentro...
Sinto frio e calor!
Sou intima da chuva...
De dentro... quente naquela hora,
Mas fria por vezes... como agora!
by me
2 Comments:
Não entendo, mas espero que a chuva seja tropical!
Vejo-me no último verso também, por isso somos seres inconstantes...
OU... De muitas veras interesante... Eu prefiro a chuva sempre e sempre, mas quando ela é calma e reveladora, pessoas que não entendem o momente, apenas dormem...
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