27 março 2010

A Chuva...



"As coisas vulgares que há na vida...
Não deixam saudade...
Só as lembranças que doem

Ou fazem sorrir...
"

A chuva no meu terraço...
Inclemente... transparente...

Desequilibra as minhas raízes,
Provoca...
A sede imortal,
Mudança...

Evolução e a novidade...

Dos meus sapatos molhados...
Se entrega a minha saudade!


Mas... é só chuva?!

Uma estrada molhada... escorregadia,

Um sapato estragado...

Uma rua vazia...

Molhei-me...

Atravessei a rua e estraguei o sapato...

Prefiro pensar que talvez o sapato era feio...

E que molhar-me levou de mim alguma nódoa...

"A chuva ouviu e calou...
meu segredo à cidade...

E eis que ela bate no vidro,

Trazendo a saudade!
"

Sinto falta do tempo,
De tudo o que ele significa...
Da chuva... do sol... e da lua,
E da escuridão que entra...
Nos abraça e nos fixa,
Num ápice nos critica...
E outro nos atormenta!

A minha janela está afortunada...
Tem o cheiro da vida...
Terra molhada,
E nada partida...
Bate com força
Som assustador,
Do lado de dentro...
Sinto frio e calor!

Sou intima da chuva...
De dentro... quente naquela hora,
Mas fria por vezes... como agora!


by me


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não entendo, mas espero que a chuva seja tropical!
Vejo-me no último verso também, por isso somos seres inconstantes...

10:10 da tarde  
Blogger jefferson amorim said...

OU... De muitas veras interesante... Eu prefiro a chuva sempre e sempre, mas quando ela é calma e reveladora, pessoas que não entendem o momente, apenas dormem...

9:04 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home