A leveza do meu ser...
Ontem deitei-me num escuro perdido... iluminado pela alma que me consome, e atirado para a imensidão da minha vida...
Perdida nesse momento, envolveu-me um sono profundo, vindo de uma estação do meu primeiro pensamento.
Depositei nele todo o meu amor, e talvez por ser pensamento... mesmo assim causou esta dor...
Com todas as singularidades que diferenciam os bons dos maus pensamentos, adormeci serena e grandiosa... Por momentos senti a realidade... Por momentos senti uma pressão...
Passaram-se um par de horas e eu num deslize profundo de relaxamento... Quem me visse naquele momento de olhos fechados, acharia a verdadeira cara de naturalidade da leveza humana... a verdadeira cara de felicidade, mesmo que por breves momentos...
Estava tudo tão claro como as águas do Niagara... nelas a beleza da natureza... mas junto a pressão e revolta da mesma...
É isto que sentimos... Uma transparência de virtudes... mas depois vem a pressão dos defeitos...
Acordei no meio dessas águas... leve e solta... mas num turbilhão de direcções, amarrei-me...
Virei a cabeça... para a direita, esquerda, para trás, frente... e mesmo de olhos fechados vim ao de cima...
Acordei tranquila... passei a revolta das águas e achei-me na corrente...
Hoje... leve... solta...
by me
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